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Language:
Português brasileiro
Series:
Part 2 of Aaríssimo Week 2024
Stats:
Published:
2025-01-13
Words:
396
Chapters:
1/1
Kudos:
6
Bookmarks:
1
Hits:
55

Morte (Aaríssimo)

Summary:

“Minha mãe morreu, tio Aaron?” A pergunta veio como um raio, tirando qualquer tipo de muleta hipotética na qual o homem pudesse se apoiar.

Aaríssimo week - dia 2 - tema: Morte.

Notes:

Segundo miniconto da week criada pelo maioral Jayjay <3

Essa fic remete ao segundo dia da week. Segue abaixo temas:
Dia 1 — medo.
Dia 2 — morte. ♦
Dia 3 — machucar.
Dia 4 — incapacidade.
Dia 5 — declaração.
Dia 6 — arrependimento.
Dia 7 — espera.

Já vos preparo para uma semana cheia de dor e sofrimento, mas com fic todo dia, apesar que a de hoje é meio fofa <3
Sem mais, boa leitura <3

Work Text:

— Tio Aaron… — a pequena garota empilhou mais uma das pequenas peças de madeira, tentando montar um castelo com as pecinhas, enquanto o homem à sua frente a observava atentamente, olhos repletos de cuidado.

A atenção focada nas peças fez com que não percebesse imediatamente o movimento dos lábios infantis, e a ausência da audição não permitiu que ele compreendesse que ela o estava chamando, até que ela se enfezou, fazendo um bico e esticando o braço pequeno para tocar o joelho do homem, chamando sua atenção, por fim.

Mia tinha pouco mais de cinco anos àquela altura, mas era muito inteligente e admirável, tal qual o pai, Aaron pensava.

“Tio Aaron”, gesticulou. “Para onde minha mãe foi?”

Uma questão complicada, diria. Talvez complicada demais para Veríssimo, que vinha criando a mocinha sem sua progenitora, dando o melhor de si para que ela tivesse uma vida segura e divertida, por mais que o trabalho dele fosse tão perigoso.

— Ela não pôde ficar com a gente. — o sniper respondeu gentilmente, tentando evitar as palavras-chave daquele assunto. — Mas um dia, espero que bem no futuro, a gente vai se encontrar de novo.

“Minha mãe morreu, tio Aaron?” A pergunta veio como um raio, tirando qualquer tipo de muleta hipotética na qual o homem pudesse se apoiar.

— Sim. — ele respondeu, sua voz hesitando em seu tom, repleta de um pesar repentino. — Mas ela está em um lugar melhor agora.

“Ela está no céu?” A menininha perguntou, inocente.

— Sim, provavelmente. Mas você não está sozinha, ela deixou um montão de amigos pra você, além do seu pai. — o homem esticou sua mão para acariciar suavemente os cabelos finos e macios da criança à sua frente. Filha de seu melhor amigo e grande amor, Mia era para ele como se fosse sua própria criança.

“Ainda bem.” Ela gesticulou, abrindo um sorriso. “Ela mandou você para o meu papai e para mim?”

Aaron não conseguiu não rir daquela pergunta inocente e afirmou com a cabeça.

“Então eu tenho que agradecer a mamãe quando a gente se encontrar.”

Do batente da porta, sem que nenhum dos dois percebesse, Veríssimo assistiu à cena. Inicialmente até pensou em interferir, mas certamente nenhum dos dois iria querer suas mentiras. Ele não tinha palavras melhores que aquelas para explicar à filha o que tinha acontecido com sua mãe. “Ainda bem.” Ainda bem que tinha Aaron e Mia consigo.

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